quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano de 2010


Porque hoje é a última quinta-feira e precisamente o último dia de 2009, desejo a todos vós um próspero ano novo. Cheio de todas aquelas coisinhas que nós necessitamos e que dizemos sempre...

Até para o ano!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Hummmm....


Ontem, a Princesa agarrou-se ao meu pescoço e num abraço muito apertado disse-me:
"Ai mamã, gosto tanto de ti! Como daqui até à lua e da lua até aqui!"

E eu que não achava piadinha nenhuma à música do André Sardet!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Acabaram de me oferecer um bonsai


E no bilhete que o acompanhava estava escrito: "Porque tem a tua cara!"



Eu julgo que isto foi escrito no "bom sentido" (ainda estou a analisar qual), mas nunca me vi com cara de bonsai! Juro...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Um pequeno conto


Estava ansiosa. Talvez por ser o primeiro natal que iria ser passado em sua casa, talvez porque todos estivessem na espectativa do que iriam encontrar, talvez apenas porque estava finalmente a concretizar um desejo que há muito se havia perdido: reunir toda a família.
Já passavam das 19h00 e ainda ninguém chegara. Ela, vestiu o longo casaco preto e saiu à rua. Estava deserta, e a notar-se pelo vapor que saía de sua boca, conseguia bem perceber. Sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha e aconchegou o casaco ao pescoço. De mãos ao peito, olhou para o céu e quase não conseguiu vislumbrar estrelas. A noite estava escura. Deu uns passos e saiu do seu pequeno jardim, que ficava em frente à sua casa. O cheiro a lume pairava no ar. A aragem da noite, molhava-lhe a face e os cabelos. E ela, tentava ver alguém conhecido, que o seu destino fosse a sua casa.

Fizera correr pela sua cabeça durante uns rápidos segundos, as coisas que já fizera e que afinal não se esquecera: o pai não gostava de bacalhau e ela preparara-lhe o seu prato favorito; o espumante estava no frio para bebericarem quando passassem aos doces, o vinho tinto tal como o branco foram criteriosamente escolhidos, ou não vivesse ela na esplêndida região de vinhos maduros. A sua mãe adorava arroz doce. E ela, apesar de pouco saber elaborar doces, estivera até de madrugada, que era quando tinha mais sossego, a preparar delicadamente, o arroz doce.
A mesa.....ah a mesa! Tinha tirado a sua melhor toalha, o seu melhor serviço e o seu faqueiro - que ela achava que nunca tinha sido usado. Uma decoração muito simples mas requintada.

Os presentes eram personalizados. Bastava olhar para cada um dos seus familiares e conseguia perceber com bastante clareza o que cada um gostaria de receber: para o pai um casaco de lã, para a mãe um xaile, para a irmã um livro...e para aquela pessoa especial, um perfume. E era sempre o mesmo perfume. Sim, porque era aquele perfume que ficava nos lençóis e na almofada, quando de madrugada ele saía de sua casa. Sim, aquela casa que agora esperava todas as pessoas que lhe percorriam pela cabeça. E com este pensamento final, ouviu ao longe a voz familiar de seu pai. Aí estavam eles.
"Aqui fora com este frio, rapariga!? Anda para dentro!"

E assim, fora o primeiro natal do que ela esperava ser o primeiro de muitos mais.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Querido Pai Natal (versão realista)

Como prometi não escrever asneiras no blog (até ao dia...), ao menos dá para trazeres uma caixinha de chocolates? Hum???








Um Feliz Natal para todos, cheio de coisas boas (nomeadamente, chocolates). Um Natal com muita saúde, paz e harmonia.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

(Um parênteses no nosso egocentrismo)


O homem caminhou pela principal rua da sua cidade, viu mendigos, aleijados, miseráveis. Como não conseguia mais conviver com tanta miséria, clamou aos céus: “Deus, como podes amar tanto o ser humano e, ao mesmo tempo, não fazer nada por quem está a sofrer?”
“Eu fi z alguma coisa por eles” - escutou uma voz - “Eu criei-te.”
Gregory Corrigan

Deus fez a sua parte. Agora, compete a cada um de nós ajudar o próximo!

Querido Pai Natal (versão irritada)

Ok...Ok...sei que o pessoal anda a abusar e tu já estás velhote para tanto carrego.



Mas e este também é "pesado"?

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Querido Pai Natal (versão modesta)

Sei que o presente anterior não te cabia no saco. Como tal, lembrei-me de te pedir este:





E não digas que não sou modesta!!!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Querido Pai Natal (versão idealista)



como eu sou uma rapariga até bem modesta e me portei muito bem durante todo o ano, gostaria de receber no sapatinho (ou sapatão!), este carrito (o Opel Insígnia)...



Como vês, coisa poucochita!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Again...


Ontem até podia ser por ter pressentido o sismo!
Mas esta noite não consigo decifrar a espertina....
.... vou ali encher-me de cafeína e já volto!!!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


A maior parte das minhas colegas sentiram o sismo que ocorreu esta madrugada. Mas, e adiantam, já não sentiram as réplicas e dormiram a noite toda!
Pois eu não senti absolutamente nada, a não ser a minha Princesa (que às vezes também lhe chamo "insónia"), que não me deixou dormir desde as 4h da madrugada.

Ou seja, não senti o sismo mas levei com as réplicas!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O rótulo "emoção"


A palavra emoção traz em geral à mente uma das seis emoções ditas primárias ou universais: alegria, tristeza, medo, cólera, surpresa ou aversão. Pensar em termos de emoções primárias torna mais fácil a discussão do problema, mas é importante notar que existem muitos outros comportamentos aos quais tem sido atribuído o rótulo "emoção". Nestes incluem-se as chamadas emoções secundárias ou sociais, tais como a vergonha, o ciúme, a culpa ou o orgulho; e as que denomino emoções de fundo, tais como o bem-estar ou o mal-estar, a calma ou a tensão. O rótulo emoção também tem sido aplicado a impulsos e motivações e a estados de dor e prazer.



António Damásio - Sentimento de Si

terça-feira, 15 de dezembro de 2009


Soube-me tão mal, mas tão mal levantar-me hoje!
Sou apologista de que quando os trabalhadores sentem este sentimento tão negativo, tão frustrado que deveriam ficar onde estão! É que levantamo-nos extremamente contrariados, tomamos banho super-hiper-contrariados, saímos à rua sem qualquer vontade e mais uma vez contrariados, qual é então, o resultado no trabalho? Pois...cá está! Trabalhar com excesso de contrariedade!
É por isso que a maior parte do pessoal mete baixa médica, porque entra em stress, entra em esgotamento. Fazemos um esforço tremendo para sair de entre aqueles lençóis e uma camada extremamente grossa e felpuda de cobertores e edredons! Entramos em choque! A parte psicológica entra simpatia com a física e colapsamos! É o resultado desta não vontade de nos levantarmos da caminha!
Como disse o outro "a esta hora eu estava bem era na minha caminha"....e quem o pode censurar?

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Mais uma segunda-feira

E podia começar a escrever sobre os almoços e jantares de Natal a que fui, mas não vou fazer isso!
Podia também falar da polémica do jogo Porto-Benfica .... perdão! .... Olhanense-Benfica, mas também não vou falar!
Podia fazer aqui um post a falar da vaga de frio que vem de Espanha (já diz o velho ditado, nem bom vento, nem bom casamento), mas também resolvi não falar!
Vou falar mesmo da agressão que Sílvio Berlusconi sofreu! Valente bordanada que o dito senhor levou! Pena é que o agressor tem problemas mentais e mandou-lhe com o objecto! Se não, era até o bordão dizer "miu"!




Para os mais sensíveis: detesto violência mas há pessoas que só tratadas desta forma!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

É oficial!


A minha bicicleta que está na sala, deixou de ser um mero bibelot, o qual eu só lhe tocava para limpar o pó ou lavar o chão!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Éramos, no 6.º ano, cerca de 16 raparigas. Entre os namoricos e as modas, as conversas apenas direccionavam para um sentido: "o que cada uma queria fazer quando terminássemos o 6.º ano".
Numa aldeia tão pequena como a nossa, onde quase todos somos aparentados, as aspirações terminavam com o casamento, com filhos, com casa e pouco mais. Parecia que a interioridade da aldeia, moldava a capacidade de aspirar algo mais, de ambicionar qualquer coisa que não fosse um marido.
Apesar de entrar na conversa, poucas ideias conseguia dar.
Sim, pensava um dia namorar. Sim, pensava um dia casar. Sim, pensava um dia ter filhos. Mas não nesta altura.
E a conversa era sempre muito animada, com valentes gargalhadas, quando começavam a falar nos vestidos de noiva, na noite de núpcias, tema geralmente proibido no seio familiar.
E claro, tão certo como cada futuro que cada um cozinhava e alinhavava para si, quase todas seguiram o mesmo caminho.
Entre os dias que lhes parecem todos iguais, entre a pequenez do seu grande mundo, ali andam elas na sua labuta. Paramos às vezes nas ruas para sabermos como vamos, como vão os filhos. Filhos estes já com 15 ou 16 anos...
Às vezes, surpreendem-me com o entusiasmo com que cada uma fala, com o orgulho que dizem que terminaram um curso, depois vão para o desemprego uns tempos até haver para aí outro curso qualquer. Fazem umas temporadas na apanha dos morangos, da uva e da azeitona. As mãos calejadas do rigor do tempo, ajeitam os cabelos já a mostrar alguns brancos.
E uma vez por outra, lá me junto a elas no café. A conversa poderá variar entre telemóveis, entre plasmas ou LCD's, entre arrendamento de um apartamento em Monte Gordo ou de uma casa para poderem assar sardinhas, entre a roupa que compraram na única loja que a aldeia tem e que as faz andar todas de igual ou o assunto das novelas que a tvi ou a sic transmitem. Isto entre a disposição do cigarro nos dedos, que mostra a quem entra, sinal de independência, de maturidade, de mulher adulta.
Entre o meu silêncio, o beber do café, lá dou um sorriso e aceno a cabeça e tento compreender aquela linguagem. Uma linguagem que compreendia da minha avó e das pessoas da idade dela. E às vezes quando me pedem opinião, lá lhes digo que têm muito mais prática que eu e que as fico a ouvir.
E muitas vezes, quando tento falar um pouco a minha linguagem, fazem silêncio. E consigo perceber pelas suas caras que não se silenciam por me estarem a compreender, apenas porque naquelas cabeças lhes passa tantas coisas, como "que raio tenho eu com isso?"... e prefiro, então, mudar de assunto.
Mas são estas mulheres de hoje, as meninas de ontem, que apesar da sua linguagem simples, me dizem tanto. As mulheres de hoje que entram para as estatísticas de desempregadas a meio tempo, ora estão meio tempo em cursos, ora estão meio tempo desempregadas. São estas mulheres que conseguem dissecar melhor um telemóvel que qualquer técnico de uma loja de vendas. São estas mulheres que enchem os cafés, de cigarro na mão, há espera de coisa nenhuma, com um presente remediado e um futuro que se há-de arranjar.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dúvida existencial


De que cor é a graxa...que se dá ao chefe???

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O poder da argumentação


Fui surpreender a Princesa a abrir umas prendas para oferecer no Natal. Assim que me viu, levantou-se e antes de eu dizer qualquer coisa, argumentou o seguinte:
- Oh mamã. Não dá tau-tau a mim polque eu sou piquinina. Eu vi os pesentes. Não sei o que são! (encolhe os ombros) - Depois meto os pesentes todos, todos alumadinhos. Mas não dá tau-tau. Pecebes, mãe?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Azar, azar...


...é na única semana que tiramos de férias, tentarmos repousar tranquilamente na nossa casinha, que até está completamente isolada, e a única construção a começar logo na segunda-feira, às 7h da manhã, numa urbanização de 100 lotes, é precisamente em frente à minha.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Confesso...


... que tenho ciúmes da Popota!

Pronto! Já disse!
É que a magana para além de ter já experimentado tantas iguarias gastronómicas, de ter visitado meio mundo, consegue com aquele peso todo, mexer melhor as ancas que eu!
Não é justo! Grunf...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009


Depois de uma semana fora...eis-me!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Foto: Najla

Sempre me interroguei sobre as memórias de cada casa em ruínas. Que histórias nos contam, quantas lágrimas sentiram ou gargalhadas ouviram. Que sentimentos guardam nas suas pedras. Que segredos, que cantos e contos.

E tu, janela, quantas vidas viste passar? Quantas vidas viste abalar? Quantas vidas viste regressar?

segunda-feira, 23 de novembro de 2009





A ribeira quando enche
Leva o junco acamado
Traz-me tu em teu sentido
Que eu te trago em meu cuidado


Fotos: Najla



sábado, 21 de novembro de 2009


O dia de sexta-feira foi maravilhoso. Para além do dia estar propriamente lindo, cheio de sol, tive o prazer de juntar a família.
E apesar das prendas terem sido todas muito boas, a que mais admirei e achei mais útil, foi sem dúvida, a oferta de umas botinhas iguais às da fotografia. Muitos poderão achar que não são nada femininas. E esteticamente talvez não sejam....mas são muito confortáveis e conjugam lindamente com a máquina fotográfica sempre em punho. Porque só assim consigo percorrer as paisagens lindas onde vivo.....

....mas mesmo assim, digam lá se não são amorosas?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009


Amanhã, sexta-feira, irei organizar um jantar familiar. Mas constou-me que existe uma certa pessoa - que se calhar todos vocês irão adivinhar - que é super supersticiosa, ao ponto de desfazer facas em cruz, de ajeitar quadros de parede tortos, de se benzer quando vê um gato preto, de não passar por debaixo de escadas e de se ir embora quando à mesa estão 13 pessoas.


Ora bem, uma vez que no total seremos 12 pessoas, acho que vou quebrar a regra de ser tudo só família e vou convidar um amigo!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A morte da desgraça


A desgraça faz-me companhia.
Tantas vezes me julguei feliz, tendo-te a meu lado.
Julgava que o amor era aquilo que via e vivia todos os dias.
Uma felicidade única, plena, vivia todos os dias como se do último fosse.
De boca cheia de palavras belas, arremessava com amor, com carinho, com cumplicidade.
Oh desgraça, porque me atormentas?
Respiro fundo. Contemplo o teu desdém, a tua indiferença.
Coloquei toda a minha vida à tua disposição. E porquê? Para quê?
Julguei viver um conto como aqueles que afinal só existem em histórias.
Nunca me apercebi, que afinal, amava sozinha.
Quando partiste, a tua ausência foi preenchida por esta desgraça, espelho de mim, fraca figura.
Quebrei! Afundei!
Peço a morte para amenizar esta dor, que de tão altiva, não me dá descanso, tréguas.
Desgraça, que me fizeste? Tem complacência.
Um coração que amou demasiado não deveria saber o que é o reverso da medalha.
Um coração que amou demasiado nunca deveria provar a solidão.
Desgraça minha, imploro-te a morte, porque a morte minha, será a tua morte.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Estou a ficar doente

Sim, só pode!
Hoje levantei-me com uma dor de cabeça brutal. Mas também com o sonho que tive só podia. Sonhei que trabalhava com Sócrates. Sim...esse! O primeiro-ministro!
E acho que era alguém da confiança dele, pois parecia trabalhar directamente com ele.
Por aí podem avaliar o meu estado mental!
Dizem que muitas vezes vamos buscar ao nosso subconsciente os nossos desejos mais profundos que, na prática, não conseguimos concretizar pelas mais variadíssimas razões. E como tal, são reproduzidos nos sonhos.
Acredito que o meu sonho esteja encriptado. Mas no que eu já consegui traduzir, afinal não almejo trabalhar com Sócrates. O que deve estar no meu subconsciente é o saber como é que se consegue fazer tanta falcatrua e tanta aldrabice, praticar tantos subornos e cometer tantas ilegalidades e sair-se sempre impune! Isso sim, é o que deve andar a rabear no meu sonho!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um cheirinho a Natal


Ontem, domingo, sentei-me no sofá, com a Princesa aninhada em mim, a ver televisão. A lareira acesa tentava transparecer um Novembro típico.
Mas não. Lá fora, apesar das nuvens cinzentas, não chove. E apesar da lareira acesa, ainda não faz frio. As blusas grossas de lã e os casacos felpudos ainda não fazem parte do dia-a-dia. Ainda nem me apeteceu beber o típico cacau quente antes de me ir deitar.
E ali estava eu, a deliciar-me com a tarde de domingo sem fazer absolutamente nada, apenas a ver televisão. E a maravilhar-me com os anúncios que passam e que já nos vão deixando contagiados. A cada novo anúncio, grita a pequena "Olha, mamã!", e lá lhe digo que sim, que é muito bonito, a cerca de uns 20 minutos de publicidade de bonecos e bonequitos, de jogos, de telemóveis, de carros e trotinetes demasiado sofisticados, em cada 30 minutos de qualquer filme ou desenhos animados.
E apesar do tempo não o denunciar, estamos tão pertinho já do Natal. Mesmo que lá fora, a mim ainda não me pareça, dentro de casa, o Natal arrebata-me, toma-me de assalto pois entra-me pela televisão.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E vocês?




Sabem o que é o brix ???????

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Um beijo repenicado


Eu e o meu colega tínhamos uma reunião com um director de um serviço público. Ao chegarmos, identificámo-nos e pediram-nos para aguardar na sala de espera, enquanto o senhor atendia um telefonema.
Como a sala estava completamente cheia de utentes, eu fiquei num lado da sala e o colega dirigiu-se para o fundo da mesma.
Ao fim de uns 2 minutos, diz-me o colega num tom de voz um pouco mais alto que o burburinho que se ouvia:
- Esqueci-me do bloco de notas! Dás-me uma folha?
Fez-se quase silêncio na sala. E eu, com um sorriso, acenei com a cabeça um "não".
- Vá lá! - e aumentou o tom de voz - Dás-me uma folha e eu dou-te um beijinho!
Silêncio total! Arregalei-lhe os olhos e fingi que nem o ouvi....mas senti-me a corar perante tantos olhares.
- Ok...se não quiseres um beijo grande posso dar-te um beijo pequenino. Assim, repenicado!
Mas dá-me uma folhinha!!!!!


Juro-vos, apeteceu-me mandar-lhe com o caderno acima.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O significado da vida

Ao lembrar-me do dia de ontem, consigo recordar demasiados dias num dia só. Entre um rodopio de tarefas laborais para fazer, para despachar, para desenrascar, soltam-se algumas gargalhadas entre os colegas, como se fosse o auge do dia, cada gargalhada solta, cada sorriso dado, cada ideia partilhada.

Ao chegar a casa, entre cumprimentos obrigatórios na rua, esperava-me o mais difícil de qualquer função enquanto amiga, enquanto pessoa. Ele, um amigo de longa data, esperava-me no sofá da sala, frente à lareira acesa. Entre soluços e um choro descontrolado, perguntava-me vezes sem conta qual o significado da vida e se valeria a pena continuar a viver. Conhecendo tanto da vida dele, apresentei-lhe todas as coisas boas porque devemos viver, porque devemos lutar. E achando tão injusta esta minha posição entre o desmotivar para a morte e o encorajar para a vida, contei-lhe a história desta menina, que me assolou o pensamento nos dias contidos neste só dia.

E ele, por momentos, parou de chorar, para me ouvir. Afinal, a vida não era justa para ninguém. Mas cabia a nós, enquanto adultos, enquanto seres humanos, lutar e reunir energias para que seres tão frágeis e tão delicados como esta menina, não sofram pelos nossos erros. Que seria do mundo, se há primeira vicissitude de cada um de nós, tentássemos terminar com a vida? O que é no fundo desmoralizador, é que só damos significado à nossa vida quando nos defrontamos com alguém pior.

Enxutas as lágrimas e depois de muito tempo de conversa, lá se recompôs e à saída de casa diz-me num meio sorriso "amanhã voltarei para te ajeitar o jardim".

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Quantos muros mais existirão por derrubar?


"O mundo celebra hoje a queda do Muro de Berlim. Faz hoje precisamente 20 anos que o símbolo da divisão da Alemanha e da Guerra Fria caiu quando, na noite de 9 de Novembro de 1989, uma multidão de pessoas da parte leste da cidade, avançou rumo aos postos fronteiriços que separavam os habitantes da zona leste de Berlim da liberdade vivida a ocidente." (in RTP)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Há precisamente uma semana

Há precisamente uma semana, ali estava eu, sentada naquela poltrona, que já conhecia quase todo o meu corpo e todos os meus movimentos nervosos e ansiosos. Há precisamente uma semana, ali estava eu, tentando transparecer uma calmia inexistente, uma maturidade fictícia, uma postura adulta mas tão, tão tímida.
Há uma semana, as pessoas passavam por mim naquela sala, uma atrás da outra, sem que eu lhes olhasse para as suas feições. Uma por outra lá deixava o seu perfume no ar, mas sem que isso me fizesse levantar os olhos do chão. A dor que sentia no peito, há precisamente uma semana, era tão forte, que me deixava afundar naquela poltrona, assim, quietinha, a ver se a dor passava ou amornava. Uma dor inexplicável, um aperto sentido e tão profundo. O meu próprio silêncio era muitas vezes quebrado por um inspirar mais longo. Mas, assim me ficava, precisamente há uma semana.
E de repente, sinto alguém se aproximar. Não conhecia a silhueta, nem o tom de voz. "Que tristeza lhe vejo. Que dor tem. Há quanto tempo não chora?", e na minha voz arrastada, respondi "Demasiado!". Deu-me a mão, e eu aceitei-a, e lentamente levantei-me daquela poltrona, como se a ela o meu corpo já pertencesse. E mais lentamente, abracei aquela figura tão estranha para mim. E chorei. Chorei como havia anos que não o fazia. Após alguns minutos, limpou-me as lágrimas e passou a sua mão quente pelo meu rosto.
A pessoa que nunca tinha visto, que não conhecia, foi naquele momento, o meu desabafo. "Obrigada", disse-lhe e, tal como em silêncio se aproximou, assim se afastou. E eu, tornei-me a sentar na poltrona, agora num corpo novo, num sentir renovado, numa calmia sentida. Há precisamente uma semana.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Valia a pena pensar nisto


É só impressão minha, ou a maior parte dos homens têm tendência para conduzir ligeiramente inclinados para a direita??

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


Tudo começou com um comentário a um post. Depois desse comentário, seguiram-se alguns e-mail's e uma troca mais amiúde de comentários, de textos, de pensamentos e ideias, de imagens...A partir daí, criou-se uma amizade virtual.

Ao fim de algum tempo, conheci-o. A ele e à sua família. Fizeram tantos quilómetros só para que nos conhecêssemos. E foi uma surpresa agradável.

E mais agradável quando soube que partilhava o mesmo signo que eu, que adorava tanto o Outono como eu...e que hoje, precisamente no dia hoje, fazia anos.


Por isso, sr. Paulo Lontro, muitos parabéns!!!!

Espero que o meu grito se ouça, daqui do Alentejo ao Porto!

terça-feira, 3 de novembro de 2009


Durante os próximos 10 dias serei a (pseudo) coordenadora de um projecto.

Mas julgo que a coisa está a correr mal....para que o meu colega me obedeça já o tive de subornar com metade de um pacote de bolachas!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Faltou-me a chouriça


Eu - Doutor, desculpe, pode-me dizer como está a correr a operação do meu marido?
Médico (seco e mantendo uma certa distância de mim) - Não estou em condições para lhe dar qualquer informação!
Eu - Obrigada na mesma.

Familiar de outro doente - Doutor, e como está o meu pai?
Médico (seco e mantendo certa distância da senhora) - Já disse que não estou....
Familiar - Já agora doutor, gostou dos enchidos que lhe enviei?
Médico (sorrindo e aproximando-se) - Ahhh, desculpe, não a reconheci. São óptimos. Lá em casa adoraram.
Familiar - E o meu pai, como está?
Médico (colocando o braço em cima da senhora) - Está bem, a operação correu bem, mas sabe...blá, blá, blá....
Familiar - Muito obrigada, doutor.
Médico (inclinando-se para a cumprimentar com dois beijos) - Qualquer dúvida, ando por aqui...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Regressarei


A noticia chegou cedo. Já esperava por ela há algum tempo, mas desejamos sempre que nunca chegue. Quando a voz do outro lado do telefone proferiu as palavras indesejadas, decidi que talvez fosse melhor, mesmo sentindo-me tão impotente, tão pequena, estar perto dele. E como tal, não sei quando regressarei. Irei estar na sua cabeceira e segurarei na sua mão. E quero estar lá, para quando ele abrir os olhos, ser a primeira pessoa que veja. E que entre o mundo de cá e o de lá, ele veja nos meus olhos, o meu amor. O meu único e grande amor...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009


Alguém chegou ao meu blog, pesquisando no google "como conquistar gajas mais velhas".

Espero sinceramente que a pessoa (pois...não sei se é homem ou mulher, né?) consiga saber isso bem longe daqui...até porque aulas de conquista, gajas e ainda por cima idosas, não há por aqui...digo eu!!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um sorriso...


Hoje acordei com uma sensação leve e descontraída.
Talvez porque não tenho horários, porque não tenho ninguém em casa, porque apenas sou feliz.
Levanto-me com um sorriso, coisa estranha em mim.
Caminho descalça para sentir o frio do soalho. O arrepio do corpo pede-me agasalho.
A água quente percorre-me, atrevida, como que saudando para um novo dia.
Quase nem olho para o espelho.
Não quero saber dos mil cremes, dos mil perfumes, dos mil sapatos, dos mil trajes...
Visto um jeans e uma blusa de malha. Desembaraço os cabelos e ajeito-os.
Já na rua, as pessoas passam e cumprimentam-me.
O sol de Outono mete-se comigo, aquecendo-me.
O vento conta-me segredos que eu não quero ouvir. As nuvens, uma por outra, metem-se à espreita.
Caminho mas não sei bem para onde vou. A calçada já conhece os meus passos.
O dia ainda agora começou. E é tão bom sentirmo-nos assim.
Sento-me no jardim, onde os mais velhos conversam. Conversas alegres, carregadas de saudade e de passados.
Alguém acena-me. Retribuo o gesto.
E por longos minutos aprecio a vida, o momento.
Afinal, tudo é tão simples.
Redobro forças e vontade.
Fecho os olhos, respiro fundo e espero sentir sempre esta plenitude...cada vez que acordar com um sorriso.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O segredo dos seres e do mundo


"Sentia-me à vontade em tudo, isso é verdade, mas ao mesmo tempo nada me satisfazia. Cada alegria fazia-me desejar outra. Ia de festa em festa. Acontecia-me dançar noites a fio, cada vez mais louco com os seres e com a vida. Por vezes, já bastante tarde, nessas noites em que a dança, o álcool leve, o meu desenfreamento, o violento abandono de cada qual, me lançavam para um arroubo ao mesmo tempo lasso e pleno, parecia-me, no extremo da fadiga e no lapso de um segundo, compreender, enfim, o segredo dos seres e do mundo. Mas a fadiga desaparecia no dia seguinte e, com ela, o segredo; e eu atirava-me outra vez."


Albert Camus, in "A Queda"(citador)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Triste alma a tua


Oh triste alma que vagueias, à espera de auxilio, de bênção, de perdão, de mão, de um porto de abrigo.
Oh triste alma que perdeste o sentido da vida, o reflexo da alegria, o sabor da vitória, a aventura da paixão e o ardor do amor.
Oh triste alma que caíste em tentação e não recuperaste a estima, o orgulho, a bondade, a vontade.
Oh triste alma que esperas que o mundo pare de girar para te ajeitares, para te sentares direita, para repousares o espírito.
Oh triste alma que perdeste a noção da amizade, do encanto, da fantasia, do segredo, da descoberta, da cumplicidade.
Oh triste alma que te deixaste morrer e abandonaste o teu corpo, sem sentido, sem direcção, sem flores, sem lágrima, sem dor.
Oh triste alma que nunca subiste a uma montanha, nunca sentiste o sabor do vento e caricia da chuva.
Oh triste alma que foste, que abalaste e não recuperaste da vida imunda, não lutaste, não gritaste.

Oh triste alma que de vez te perdeste!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dúvidas da minha vida

Qual é o tempo necessário que precisamos para conseguirmos admitir que alguém se foi embora de vez e que nunca, mas mesmo nunca mais voltará?
Quando é que conseguimos conjugar o verbo "morrer" no passado e aplicá-lo como uma acção do presente?
Porque é que o sentimento de vazio cria um aperto no peito e quanto mais chorarmos, mais vazios e mais apertados nos sentimos?
Como é que conseguimos sentir a presença de alguém que desapareceu, mas que amamos tanto, e nos é proibido tocar e ver?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"A Vontade de Poder"


"Qualquer que seja a sua situação, um homem tem necessidade de juízos de valor, mercê dos quais justifica - aos seus próprios olhos, e sobretudo aos dos que o cercam - os seus actos, as suas intenções e os seus estados; melhor dizendo: a maneira de se glorificar a si próprio.

Toda a moral natural exprime a satisfação que uma certa espécie de homens experimenta. Mas, tendo nós necessidade de elogios, também a temos de uma tábua concordante de valores, na qual os nossos actos mais fáceis figurem como os que exprimem a nossa verdadeira força e sejam os de mais elevada estima. É naquilo em que somos mais fortes que queremos ser vistos e honrados."
Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ontem, fui visitar a sogra ao hospital, que foi submetida a uma pequena intervenção.
Ela (olhando para o filho) - Sinto-me tão tonta! Sabes, o quarto parece que anda à roda....
Eu (mas quem me manda a mim não saber calar a matraca?!?) - A anestesia, no pós-operatório, poderá dar origem a tonturas! (mas claro que eu jamais poderia ter razão!)
Ela - Deve ser a tensão!
Filho - Mãe, a anestesia faz isso!
Ela - Talvez! Mas acho que se não é da tensão poderá ser da diabetes!
Eu (realmente sou mesmo parva!) - Mas você não tem diabetes!
Ela - Ah! Já sei! É de eu levar já 2 dias sem ir à casa de banho!

Conclusão (minha, claro): já tinha reparado que muitas das conversas e atitudes dela só podiam derivar de uma coisa: a subida ao cérebro de algo derivado da prisão de ventre!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Não se pode ter tudo! Mas que mal faz o cagulo?



Hoje, dia de rescaldo eleitoral, tirei 2 conclusões: ganhei a nível pessoal mas perdi a nível profissional.
Não sei bem se não preferiria o inverso.
Se perdesse a nível pessoal, andaria uns dias com o estigma da perda e o amargo da boca. Mas passaria.
Assim, terei de andar com o sentimento de uma mudança fracassada. Mas passará...daqui a 4 anos!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009


"As mulheres não são mais infiéis do que os homens. Por muito que gostassem que assim fosse (e assim se pensasse), estão impedidas de ser mais infiéis pela circunstância de serem humanas."

Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A primeira chuva de Outono


A primeira chuva de Outono cai.
A beleza do momento apazigua o abafado que se instalou.
Refugio-me na única divisão sossegada da casa.
Para mim, é um momento sagrado.

Abro as janelas e respiro o ar húmido.
Sinto o cheiro da terra.
Ouço passos apressados.
Uma inquietude.

Encosto-me à ombreira fria que me trespassa o pijama de cetim.
Abraço-me.
Em pensamentos-relâmpago passam muitas vidas...mas não tento traduzir.
De repente, apetece-me cacau quente!

Cacau quente para o aconchego.
Para me acalmar.
Para me percorrer.
Para me invadir.

E outro pensamento recai sobre alguém.
Alguém que não conheço.
Mas gosto.
Alguém que me ouve e sente.
Mas não me vê.
Alguém que me adoça.
Mas está longe.
Alguém que não conheço a feição.

A chuva continua a cair.
O pensamento foge novamente e segue o regato.
"Um dia..." penso sempre no amanhã mas consciente do presente.
Fecho os olhos e esvazio a mente para ouvir o silêncio.

Silêncio invadido pelo bater da chuva.
A chuva que me descodifica e mostra o meu ser.
A chuva que significa um novo ciclo.
A chuva que transporta a saudade.

Mas, afinal, ainda é a primeira chuva de Outono!
re-edit

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Estou nas nuvens!


O fim-de-semana correu muito bem. Descansei mucho, mucho, mucho. Brinquei também às bonecas, dei-lhes papas, mudei-lhes as fraldas e tentei andar de triciclo. Consegui plantar um limoeiro e fiz um bolo. Andei a passear pela vila e namorei muito. Dei muitos abracinhos e beijinhos. Peguei no meu velhote TT e corri as serras, o que me valeu um valente escaldão nos ombros e nariz. Almocei galinha do campo e bebi café feito ao lume de lenha. Recebi muitas visitas e recordámos muitos momentos. Consegui ler os jornais no próprio dia e só liguei a televisão para ver o meu glorioso.

De um modo geral, estou maravilhada, com forças redobradas e muito, muito feliz.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bom fim-de-semana prolongado


Apesar da semana ter sido particularmente difícil, não costumo remoer muito sobre as mágoas..... e como tal, hoje sinto-me poderosa! (lembram-se desta deixa numa qualquer novela? eheheheh).

Hoje já é sexta, o CD de música latina está a rodar, o dia está lindo, eu sou linda (sou mesmo muito humilde, não sou?). Ainda por cima houve quem me alegrasse o dia com esta frase "tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha erecta e o coração tranquilo...". (WernerHS)

Obrigada a todos pelo colo!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Um novo dia

O relógio do carro marca 18h45. Estou parada frente a casa, dentro do veículo, sem saber muito bem se hei-de sair ou se me deixarei ficar e gozar um pouco daquele silêncio. O rádio, a minha única companhia nas viagens, estava desligado. O dia fora particularmente difícil. Muito difícil. Após uma jornada de trabalho, uma reunião imprevista. E perante o desenrolar da mesma fui-me perguntando sobre as qualidades de um bom líder. E, dentro dos meus valores e da minha ética, sempre estiveram bem definidas. E quando, em plena reunião, após um dia de trabalho particularmente difícil, somos maltratados, humilhados e desrespeitados, toda a minha noção de líder se desvaneceu. Para além de me parecer um momento surrealista, sabia que não podia ficar calada. E não fiquei. Foi uma luta renhida e dolorosa. Até porque quando não se luta com golpes baixos e sujos, sai-se sempre a perder.
E neste momento, dentro do meu carro, questionava-me vezes sem conta a origem de tudo aquilo, ainda sem perceber muito bem a sua essência. Só sabia uma coisa, apesar das feridas e da mágoa que me fizera aquele que eu sempre respeitei enquanto líder, eu conseguia sair de coração limpo e respirar com tranquilidade. Porque afinal, sem qualquer culpa, tinha defendido um grupo. O meu grupo. O grupo que eu todos os dias via e que era uma extensão da minha família. Um grupo que partilhava todos os meus momentos.
O silêncio parecia dar-me forças para sair. Talvez ficar na rua, sentir o vento sul na face, para me dar alento e coragem. Amanhã seria novo dia e as feridas teriam de estar saradas. Apesar de me sentir fraca, a luta justa tornara-me forte. Porque afinal "não é a injustiça em si mesmo que nos fere, é o sermos vítimas dela"...e amanhã será novo dia!

citação de Pierre Nicole

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Após a declaração do PR ao país, só me lembrei desta frase


"Prefiro o sonho à ilusão; no sonho sabe-se que temos os olhos fechados; na ilusão julgamos tê-los abertos"
Condessa Diane

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Como tal...


... hoje não vou escrever nada.
Nem sequer tem a ver com a branca fantástica com que o meu cérebro hoje se levantou. Mas como não gosto de arriscar, fico-me por aqui...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A semelhança entre esta história e o resultado destas eleições

Todos os dias, ou na vinda para o trabalho ou no regresso a casa, encontrava no caminho, um senhor todo vestido de preto, de bicicleta. Esta, já muito velhinha, trazia uma caixa, também ela apresentando desgaste.
O senhor fazia o caminho para a cidade, sem colete reflector e sem que a bicicleta também tivesse algo que reflectisse. Isto provocava muitas vezes, num caminho de má visibilidade e de algumas curvas, encontros desagradáveis, tendo os automobilistas muitas vezes, de sair da faixa de rodagem para não lhe acertar. Outras vezes, já mesmo muitas, o dito senhor fora obrigado a ir parar à valeta pois no cruzamento entre dois veículos (sendo a estrada estreitíssima) ele não cabia, obrigando a travagens forçadas, até mesmo perigosas. Claro que eu própria já apanhei valentes sustos à conta de ser surpreendida por este senhor.
E isto repetia-se todos os dias, fosse de dia ou de noite, estivesse céu limpo, a chover ou nevoeiro, o que implicou uma queixa formal às autoridades locais, de um dos automobilistas.
Ora, vindo eu como sempre para o trabalho, vejo ao longe uma pessoa a pedir boleia. Nunca dou boleia mas como reconheci o tal senhor da bicicleta, decidi quebrar a regra. Lá fomos e no meio da conversa, lá me disse que ia à cidade, comprar uma roda nova para a bicicleta. Aproveitando a coisa, reforço a ideia de que ele deveria andar melhor sinalizado, incluindo a bicicleta. Claro que levou logo com uma data de sustos que já me fez passar, ao que concordou em mudar.
Ao fim de dois dias, reencontro o senhor na sua bicicleta. Continuava a vestir-se de preto, sem colete reflector, no meio da faixa de rodagem....mas com uma alteração: colocara um pequeno reflector, ligeiramente maior que uma moeda de 2€, na caixa que trazia na bicicleta.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Se lhe acertar pode ser que melhore


Ontem, um dos miúdos (este miúdo tem 21 anos) da escola, chegou ao pé de mim a pedir-me ajuda, no sentido de o auxiliar a redigir um relatório porque como ele próprio disse eu "era barra na cena". (ok...já me chamaram muita coisa, mas barra acho que nunca. Nem sei se é bom ou mau...isto no contexto dele, claro!)
Quando estava a tentar perceber o trabalho, reparei que existia uma palavra que não encaixava na frase. E ele muito espantado pergunta-me "Identidade e entidade não é a mesma coisa?"
Julgo que se fez uns escassos segundos de silêncio, mas ocorreu-me tanta coisa....
Mais à frente achei que deveria utilizar a expressão "plenitude", ao que ele me pergunta "isso vem de planar?".
Já enfadada com tamanha burrice, questiono-o sobre a sua ignorância e o infeliz remata da seguinte forma "eh não se zangue comigo, que eu sou daltónico nas palavras!".

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Alma gémea ou cara metade?


Nunca percebi bem as pessoas que dizem que andam à procura da sua alma gémea. Nem compreendi. Pressupõe-se que a nossa alma gémea seja alguém que em tudo se pareça connosco, alguém que complete o nosso pensamento, que termine as nossas frases. É alguém que sabe nesse instante o que estamos a desejar, a sentir, a querer. Alguém que pressente, que chora quando choramos mesmo quando estamos longe. Para muitos isto faz sentido e só assim conseguem entender uma relação. Como se o outro que buscamos para uma relação fosse uma extensão de nós próprios.
Eu julgo que o que a maioria anda mesmo à procura será da cara metade ou da outra metade. Porque como não existem 2 partes iguais, estas se completam. Só com esta diferença se completam. A nossa cara metade tenta compreender-nos, tenta seduzir-nos, há uma preocupação em sermos aceites, com o bem estar do outro e no fundo, há um empenho. Tenta superar as possíveis diferenças, tenta conquistar e no fundo, há toda uma preocupação acrescida...ou pelo menos assim deveria de ser.
E, claro, há sempre a possibilidade de risco, de não acertar. Mas isto faz uma relação.
E isto para mim faz sentido.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Outono


Chegou o Outono!
A estação das avelãs...
A caça começa a chegar!
As andorinhas vão para outro lado,
É a estação das romãs,
Dos marmelos,
A estação das folhas coloridas,
Das castanhas assadas.
Visto roupas mais quentes
Acendo a lareira,
A minha mãe coloca na minha cama
Mantas mais fofinhas e quentinhas,
Vou para a escola e vejo
Os pardais voando de ramo em ramo
Às vezes fazendo
Com que as folhas caiam ao chão.
Mas mesmo assim
Gosto muito de ti, Outono!


Alexandre - 3.º ano