segunda-feira, 23 de março de 2009

Vida


O ser humano, dependendo da sociedade e do meio onde vive, é criado, educado, ensinado e estimulado, a ser acima de tudo e por vezes, todos, perfeccionista e o melhor.

Neste mundo da não-oportunidade, do vale-o-que-vale, do bode expiatório, da competitividade, do salve-se quem puder, somos inebriados e deixamo-nos levar, como se nos mostrassem o maior e o mais brilhante tesouro. Não meios, só fins! E isto, isto é a vida! Não pura mas dura!

Numas breves pausas, existem os tais chamados momentos bons! Mas isso são pausas....

O dia-a-dia não anda. Corre a uma velocidade vertiginosa, estonteante, à qual e para a qual nós ainda não estamos biologicamente preparados!

Queremos tanto e lutamos tanto para sermos bons e por que não os melhores, na área profissional, familiar, de conhecimentos. Enfrentamos tempestades, tormentas e o pior dos ventos, de peito aberto e cabeça erguida. Carregamos o mundo e não pedimos auxilio. Remamos contra tudo e consideramo-nos fortes. Somos nós próprios que nos atormentamos, que nos devoramos, que nos martirizamos.

Mas existe um dia em que o corpo cede. O cérebro falha. E a vontade desaparece.

E afinal, de que vale toda esta azáfama, esta galopada, esta vida fútil, sem graça?
Afinal de que vale o empenho, a moral, a ética, o profissionalismo, o perfeccionismo?
Afinal, a vida pura nada nos pede em troca. A vida está ali para ser vivida e nós poucas vezes a escolhemos.
E assim, saída de uma hibernação ansiolítica, retomo as palavras, o dia-a-dia, a vida! Pura de preferência!

10 comentários:

Vício disse...

entendo muito bem o desaparecimento da vontade! principalmente quando construímos um "castelo de cartas" para oferecer a alguém e essa pessoa apenas o derruba sem o admirar...

Paulo Lontro disse...

Felizes os que trabalham sem ser por dinheiro…

najla disse...

Vício, quando uma única pessoa derruba esse castelo, desiludimo-nos, é certo! Mas tentamos retomar a vida!
Quando muitas pessoas o derrubam, colocas em causa a tua sanidade e a tua própria consciencia. E aí, por vezes é dificil erguermo-nos!
beijinhos

najla disse...

Paulo, eu não conheço. E tu?

TM disse...

Muitas vezes estamos tão ocupados em correr no nosso dia a dia que nos esquecemos de viver....
Hoje o cansaço tomou conta de mim... decidi que hoje não vão haver aulas nem correrias...algum descanso, actualizar o estudo e mimo... muito mimo...

najla disse...

TM, descansa e actualiza...eu esqueci-me! Mas já estou a tratar disso...e sabe tão bem...

bjinho

Anónimo disse...

Parabéns miga...excelente descrição... :D

Eu já me entreguei às evidências da dureza, porque essa sempre existirá, em pequenas ou grandes doses, e por essa razão procuro dedicar-me a lutar e a viver para as pausas puras...!

Essas, as que dão sentido ao sentido! ;)

Beijocasss*

PS: já tinha saudades da najlinha! :p

Osga disse...

E afinal, de que vale toda esta azáfama, esta galopada, esta vida fútil, sem graça?

R:Dinheiro

Afinal de que vale o empenho, a moral, a ética, o profissionalismo, o perfeccionismo?

R:Dinheiro

cada vez mais...

spritof disse...

...é complicado estabelecer o equilibrio entre o que nos é exigido sem sentido (tudo o que descreveste e cpia.) e o nosso bem estar interior, a nossa paz e harmonia.
Por vezes é necessário parar, mesmo, e repensar o nosso caminho. Será que vale a pena?
Bom... se valer, é recarregar baterias e ir à luta. Senão, há que mudar!

jokas

gabyshiffer disse...

é as vezes a vida é uma cabra!

Tem selo pra vc no meu
Beijos