Foto: Najla
A leve brisa da tarde desalinha-me o cabelo. Fecho os olhos e sinto o vento na face, que me toca como uma caricia.
Ao longe, o grito das aves no regresso a casa, devolve-me a saudade, embriaga a minha nostalgia.
O fim de tarde da minha aldeia, cumprimenta-me e parece despedir-se de mais um dia, para o derradeiro descanso.
Sinto o cheiro da terra. A força das gentes. A identidade de um povo. O apego à terra mãe.
Desejo acima de tudo, que o momento se perpetue e não me abandone como todos aqueles que amava e já cá não estão. Por muitos entardeceres que existam, este é único. Este sei que o verei. Este sei que o sentirei. Mas como todo o destino, como a própria vida, a tarde é efémera.
E toda a força, a magia, o deslumbramento desta tarde ficará na memória até que um dia também ela se apague.
7 comentários:
acho que andas com umas ideias estanhas! deixa as coisas acontecerem a seu tempo e não penses muito nelas.
(gostei muito da foto!!)
Ai Vicio, ideias estranhas?!?
Quanto à foto, realmente foi um momento único...tal como a tarde! :)
pois! estranhas.
andas prá'li a falar do cheiro da força das gentes... essa história de alguém provocar cheiros por fazer força não é nada agradável.
deixa as coisas acontecerem por si e não penses nessa coisa da força!
Só tu mesmo para esmiuçares o texto dessa forma...;)
corrigiste o texto ou fui eu que li mal da primeira vez? agora já não vejo lá "da força..."
Corrigi! Achas que eu queria que o pessoal lê-se o meu minuto de inspiração (que tem custado comó caraças!) como o "cheiro da força das gentes"?!?
Memórias que marcam!
Beijocas doces***
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